Opinião

Assédio Denúncia do GAECO-MPE aponta fechamento de escolas municipais para campanha de Paulinho Freire 5h322i

Entre as novas provas periciadas e aceitas pela Justiça de Natal no processo que pede cassação da chapa eleita, professora relata dificuldades em atender demandas eleitoreiras 6q4z60

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 19 de maio de 2025 às 00:12

O material que chegou ao blog O Potiguar, a respeito de novas provas que foram aceitas pela 4ª Zona Eleitoral de Natal na ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que pede a cassação da chapa Paulinho Freire/ Joana Guerra e dos vereadores eleitos Daniel Rendall e Irapoã Nobrega, além da inelegibilidade dos citados e do ex-prefeito Álvaro Dias, revela que houve assédio durante o processo eleitoral em Natal por parte da campanha da chapa eleita e da gestão ada nos Centros Municipais de Educação Infantil, os CMEIS, e dentro da própria Secretaria de Educação.

Entre as provas apresentadas e aceitas pela Justiça, está “um telefone apreendido com um dos investigados e validado após perícia” onde “foram encontrados grupos de Whatsapp compostos por membros da Secretaria da Educação” dentro dos quais reclama-se sobre assédio que estaria ocorrendo nos CMEIs junto a terceirizados e servidores, no sentido de participação obrigatória em eventos políticos sob pena de demissão e perseguição.

O Potiguar descreveu o seguinte trecho do processo: “As diretoras das escolas dos CMEIs obrigaram, diziam que era para ela votar nos candidatos dessa ‘gestora’, porque (se não) ela ia perder o estágio, se ela não votasse nesses candidatos. Minha sobrinha chegou aqui em casa horrorizada. Não foi só uma não, viu? Foram várias colegas delas que estão estagiando em CMEI, em Natal. Para você ver como é que está a situação”.

O conteúdo sobre o qual o portal O Potiguar teve o acusa, ainda, a campanha de Paulinho Freire – com apoio de Álvaro Dias – de praticar assédio diretamente na Secretaria de Educação, com determinação para a “liberação de funcionários em horário de expediente para atividades de campanha”.

“Na análise do telefone da investigada Andréa Katia, no grupo ‘barra pesada’, o MP encontrou áudios e conversas em que servidores são pressionados a conseguir novas pessoas a adicionar no grupo de whatsapp, sob pena de demissão. Além disso, há reclamações de gestores de escolas sobre as constantes liberações de funcionários em horário de expediente para as atividades de campanha, que o MP conclui ser provavelmente do vereador Daniel Rendall”, explica O Potiguar.

Leia um dos diálogos: “É, assim, eu acho bacana essas reuniões, mas, assim, teve uma reunião na quinta-feira, que foi o lançamento da… sexta-feira, do lançamento da campanha. Aí, já marca uma reunião para a quarta-feira dessa semana, aí, assim, por exemplo, a escola tem EJA. E a maioria dos meus apoiadores, que são apoiadores de Daniel, são funcionários da EJA. Eu não posso estar liberando o pessoal todo dia, toda semana liberando um horário, um dia, para eles irem participar desses eventos porque a escola fica descoberta”.

Outra parte destaca: “Então assim, tudo bem ter, agora, infelizmente, a gente tem coisas que a gente não vai conseguir dar conta de participar. Quem trabalha de manhã ainda tudo bem, mas quem trabalha pegando de meio dia, vai até nove da noite. Aí o pessoal não tem condição, de sete horas está começando o turno, os alunos estão chegando na escola. Eu não tenho condição de liberar. Eu vou ver o que eu faço, mas assim, é complicado. Estou sentindo dificuldade desse monte de eventos, um em cima do outro, assim”.