Nesta quinta-feira, estreia no YouTube o videoclipe da música new age instrumental “Oceano da Natureza (movimento I)” da veterana artista potiguar Lelé Alves. A estreia ocorre, não por acaso, ao amanhecer (5h) de 5 de junho, data que celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, temática usualmente abordada em vídeos ligados à música new age. A obra se conecta à celebração mundial, criada em 1972 pela ONU, que propõe uma reflexão sobre as questões relacionadas ao meio ambiente e suas implicações para o presente e o futuro da vida no planeta.
O videoclipe, filmado em resolução de 4K, traz um olhar poético e contemplativo sobre a natureza na cidade de Natal e seus arredores. Com imagens captadas em locais simbólicos do litoral e áreas pouco exploradas da mata nativa, o clipe oferece uma experiência sensorial que mergulha o espectador nos ritmos e paisagens naturais do território potiguar. Mais do que registrar paisagens, o clipe revela uma perspectiva sensível sobre a relação entre corpo, tempo e território. A artista, que participa de algumas cenas da obra, propõe um retorno ao essencial — ao que é vivo, mas muitas vezes negligenciado.
“Vamos juntos celebrar a Mamãe Natureza”, comenta Léle Alves, que também atuou na direção da obra com a diretora/produtora da Mudernage Scilla Gabel, que divide a produção do clipe com Terciana Britto. O trio simboliza o protagonismo feminino no audiovisual potiguar. Lelé Alves integrou, nos anos 1970, as pioneiras equipes e cast da TV Universitária do RN. Terciana Britto se especializou em roteiro em Cuba na década de 1990, tendo atuado como produtora na TV Cabugi, Rede TV e Caju TV. Já Scilla Gabel, a partir dos anos 2000, ou a atuar em produções audiovisuais independentes, com foco em filmes de curta-metragem, séries e videoclipes. Participaram ainda da produção: Paolo Araújo (fotografia e colorização), Riva Andrade (edição) e Valoz (ibilidade).
Oceano da Natureza (movimento I)
É a primeira parte de uma obra composta por três movimentos, marcando o início da expedição musical da artista em celebração aos mistérios e encantos da Mãe Natureza.
Neste primeiro movimento, objeto do videoclipe, o dia na mata é retratado por meio de sonoridades que evocam o canto dos pássaros, o sopro do vento e o murmúrio das águas. Esses sons “naturais”, gerados a partir da guitarra da artista conectada a sintetizadores, representam os ciclos vitais do planeta em sua forma mais pura e essencial.
Após essa introdução sensorial, Lelé Alves adentra a mata. É nesse momento que a peça transita para sua parte musical, com a guitarra sendo dedilhada suavemente, como se a artista travasse um diálogo íntimo com as energias ancestrais do ambiente ao seu redor. O “oceano”, no título da obra, não é necessariamente o mar que se faz presente no clipe , é um trocadilho poético na busca de mensurar a diversidade natural do nosso território.
O projeto do videoclipe foi contemplado no Edital de Seleção de Projetos de Audiovisual 01/2023 da Lei Paulo Gustavo-RN.
Lelé Alves
Lelé Alves, compositora, cantora e instrumentista, é uma das raras mulheres potiguares a ter lançado trabalho autoral na área de música instrumental, vide seu CD LUZ NEON instrumental (2014). Sua jornada ganhou o país em 1982, quando, ao interpretar a canção “Anjo”, do compositor Enoch Domingos, encantou os palcos do Festival MPB-Shell da Rede Globo de televisão. Daquela apresentação brotou um voo: a presença no LP oficial do Festival, lançado pela Som Livre, e um contrato com a gravadora Polygram, onde gravou os álbuns “Anjo” (1982) e “Reviver” (1987).
No Rio de Janeiro, Lelé aprofundou seu mergulho na música. Estudou violão com o mestre Almir Chediak e desvendou os mistérios da harmonia e da improvisação sob a orientação do professor Ian Guest na escola CIGAN – RJ.
Já nos anos 1990, seus comos começaram a se alinhar com a pulsação da música New Age — um universo de sons voltados ao bem-estar, à introspecção e ao silêncio criativo. ou então a compor obras mais suaves, meditativas.
Em 1998, retornou à sua cidade Natal, onde, de forma independente, lançou os álbuns “As Flores do Jardim Nuclear” (1998), “Barcos no Oceano” (2006), “Planeta Terra” (2009) e o etéreo “LUZ NEON Instrumental” (2014). A partir de Natal, periodicamente sai em turnês pelo Brasil, tendo uma delas, a “Nova Era” (2015), chegado à Índia.
ibilidade
No Youtube – Canal Mudernage, o clipe será disponibilizado, em duas versões, uma delas com recursos de ibilidade (libras, audiodescrição e legendagem).
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